Comecemos então pela raíz:
“vaca (latim vacca, -ae)s. f.
1. Fêmea do boi. 2. Carne de gado vacum.”
“A vaca é a fêmea da espécie bovina. É um animal mamífero, ruminante, artiodáctilo, com par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do gênero Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem. O touro é o macho com os testículos intactos, com aptidão reprodutiva. É um mamífero, artiodáctilo e ruminante. Seus cornos que são diferentes de chifres pois são ósseos, não possuem pele igual aos chifres, são em par, ocos, não ramificados e permanentes.”
Temos pois uma vaca… Uma vaca que se diz não ser vaca, apesar de, em tudo corresponder à sua descrição. Esta vaca sabe que é um mamífero, entretém-se ruminando e adora ser “galada” pelos touros… Fisicamente, é igual a todas as vaquinhas que já vimos, com o mesmo ar pachorrento, descende de uma longa linhagem bovina e até dá leite como as outras! À sua volta, vemos outras vaquinhas, bezerrinhos e verdes pastos… Portanto, em tudo vemos que ela é uma vaca! Esta vaca sabe que é uma vaca, mas insiste em dizer ao mundo: “Eu não sou uma vaca!” Isto não é uma vaca? Pois, se tem todos os atributos que a classificarão como tal, porque não admitir o que é? Isto é efectivamente uma vaca, mas esta vaca acha-se esperta… Por isso, nega ao mundo a sua verdadeira natureza, na esperança que os burros… Perdão! Os touros à sua volta lhe dêem mais valor por ela não ser uma vaca! "Ora, uma vaca que não é vaca?!"
Mas se esta vaca sabe que é vaca, todos vêem que ela é uma vaca, se até cumpre feliz as suas rotinas de vaca e acasala com os machos da sua espécie… Porque há-de ela insistir em chamar-se outra coisa? Será por lhe trocar o nome que deixa de ser aquilo que é? Porque não admitir, de uma vez por todas, que esta vaca é simplesmente… uma vaca!?!
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